Segundo a Variety, a ação foi protocolada em 2023 e alega que, em 2010, Diesel teria encurralado Jonasson contra uma parede em uma suíte de hotel e se masturbado diante dela. O episódio, escrito na denúncia, ocorreu durante um compromisso profissional. Apesar de o caso remontar a mais de uma década, a ex-funcionária pôde entrar com a ação graças a uma nova lei do estado da Califórnia.
Sancionada em 2023 pelo governador Gavin Newsom, a Lei de Abuso Sexual e Responsabilidade por Acobertamento permite que vítimas apresentem denúncias de agressão sexual ocorridas entre 1º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2022, mesmo que já tenham passado do prazo tradicional de prescrição.
Por outro lado, o juiz Daniel M. Crowley entendeu que essa mudança legislativa não se aplica a todos os aspectos do processo. Ele decidiu que, no caso das alegações baseadas na Lei de Emprego Justo e Habitação da Califórnia (conhecida como FEHA), a ex-assistente perdeu o prazo para apresentar uma queixa administrativa no Departamento de Direitos Civis do estado -etapa obrigatória para esse tipo de ação.
“As reivindicações da autora sob a FEHA estão prescritas porque ela não esgotou seus recursos administrativos em tempo hábil”, escreveu o magistrado na decisão, conseguida pela Variety, proferida na última terça-feira (3).
Com isso, foram arquivadas as acusações de discriminação, assédio no ambiente de trabalho e retaliação. Permanecem no processo os relatos de agressão sexual, demissão injusta, supervisão negligente e sofrimento emocional -essas não exigem a etapa prévia no órgão estadual e seguem sob análise judicial.
Ao longo do processo, os advogados de Vin Diesel negaram com veemência todas as acusações. “Há evidências claras que refutam completamente essas alegações absurdas”, afirmou o advogado Bryan Freedman, quando o caso veio à tona em 2023.