Na manhã desta quinta-feira, 20 de março, uma operação da Polícia Civil do Ceará (PC-CE) resultou na prisão de seis influenciadores digitais suspeitos de promoverem o “Jogo do Tigrinho”, uma plataforma de jogos de azar online considerada ilegal no Brasil. As prisões ocorreram em Juazeiro do Norte, no Cariri cearense, e nos estados de Minas Gerais, Bahia e Maranhão.
Entre os detidos em Juazeiro do Norte estão Milena Peixoto, com 207 mil seguidores; Victória Oliveira, com 153 mil seguidores; e Janisson Moura, com 21,1 mil seguidores. Os nomes dos outros três influenciadores presos nos demais estados não foram divulgados até o momento.
De acordo com as investigações, os influenciadores utilizavam contas de demonstração (contas “demo”) para exibir ganhos fictícios, com o objetivo de atrair novos usuários para a plataforma ilegal. Essa estratégia levava os seguidores a acreditarem na possibilidade de ganhos fáceis, incentivando-os a se cadastrarem e apostarem no jogo, o que resultava em prejuízos financeiros para as vítimas.
Além da divulgação do jogo, os influenciadores faziam parte de uma rede que negociava diretamente com os responsáveis pelas plataformas, indicando outros influenciadores para promoverem o jogo ilegal. Eles eram remunerados de diversas formas, incluindo pagamentos por postagens, comissões baseadas no número de novos usuários cadastrados e porcentagens sobre o volume de apostas realizadas. Estima-se que o esquema tenha movimentado grandes quantias de dinheiro nos últimos três anos
A operação, denominada “Gize”, foi conduzida pelos Núcleos Avançados de Inteligência (NAI) da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte. Além das prisões, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de sete veículos de luxo, incluindo modelos como VW Nivus, Jeep Compass, Toyota Corolla e Toyota SW4 Diamond. As contas bancárias dos suspeitos também foram bloqueadas.
Os detidos foram encaminhados às unidades policiais e deverão responder pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e infração contra a economia popular. As investigações continuam, e não se descartam novas prisões relacionadas ao caso.
Por Ricardo Silva
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