“Falei: ‘Ah, vou me curar sozinha'”, disse Juliana à revista Quem. Na entrevista, ela também contou que tinha preconceito em relação ao uso de medicações para distúrbios psicológicos e à ideia de procurar um psiquiatra. “Entendi que, assim como se toma remédio para dor de barriga, dor de cabeça, dor no pé, vou tomar um remédio para regular essa química cerebral”, afirmou.
Na época, Juliana também começou a fazer terapia em paralelo ao uso de medicamentos. Segundo ela, vivia há anos um quadro de depressão, marcada pelo cansaço e por uma carga mental pesada, tentando dar conta de muitas responsabilidades ao mesmo tempo.
Um dos primeiros sinais de melhora, contou, foi conseguir falar abertamente sobre as crises de ansiedade que enfrentou. “Chega uma hora que a mochila fica muito pesada”, afirmou, ao lembrar que atravessava lutos e perdas não elaboradas enquanto atuava em diferentes novelas em um curto espaço de tempo.
A atriz disse ainda que enfrentou problemas físicos em papéis anteriores. Durante “A Força do Querer”(2017), quando interpretou Bibi Perigosa, desenvolvendo calos nas cordas vocais por forçar a voz. Já em “A Dona do Pedaço”, no papel da protagonista Maria da Paz, sua personagem aparecia em cerca de 50% do roteiro semanal -acima dos 30% em que os protagonistas costuma aprecer. “Imagina como ficou minha saúde? Fiquei realmente moída”, disse. Segundo Juliana, o corpo costumava “cobrar a conta” quando os trabalhos terminavam.