Tudo deu muito certo. A personagem acordou cedo, preparou 120 lanches, bateu muita perna pelas areias, criou uma marca (“Sanduíche da Raquel!”, é como ela anuncia o seu produto) e praticamente zerou o estoque: vendeu 118 deles. Segundo suas próprias palavras, teve R$ 500 de lucro.
Na trama, Raquel vende sanduíches em três sabores: frango com cottage, ricota temperada, e peito de peru com abacaxi grelhado. Cobra R$ 15 por unidade e, numa rápida conta, a conclusão: ela vendeu R$ 1.770 num único dia (sem citar possíveis taxas sobre o pagamento em máquinas de cartão). Impossível não é. Mas trata-se de um faturamento fora da curva, tendo em vista a concorrência, a freguesia ainda em formação e a praia quase vazia mostrada na novela.
Nas redes, espectadores se dividiram entre os que exaltaram o trabalho árduo sob o sol e os que acharam os números pouco plausíveis.
“Lucrou quase R$ 500, então de insumos gastou aproximadamente R$ 1.270. E no outro dia, foi ao mercado comprar mais mercadorias para fazer os sanduíches. Essa conta não fecha, não. Que mercado é esse?”, indagou um seguidor no X.
O preço cobrado pelos lanches também gerou comentários. “Se alguém me aparece na praia vendendo sanduíche natural por R$ 15, eu aviso logo que não sou turista”, escreveu outro seguidor. De fato, é um preço acima da média para um sanduíche simples, em pão de forma branco.
Versões em brioches, no pão árabe ou integral, alguns deles com salada, podem ser encontrados a R$ 10 e R$ 12 nas praias da zona sul, onde Raquel trabalhou.
O negócio deu tão certo que ela já contratou duas assistentes para fazer as vendas nas areias, enquanto se dedica à cozinha do bar de Poliana (Matheus Nachtergaele). Caso a autora, Manuela Dias, siga à risca o que foi exibido na trama original de 1988, a personagem continuará escalando seus negócios e ficará rica ao abrir a rede de restaurantes Paladar.