Os médicos disseram que a artista estava muito fraca, assim que chegou ao hospital. Durante a semana, ela teve crises de enxaqueca e sentiu tontura. A orientação médica é de repouso absoluto. Por isso, a cantora não deve ir à abertura da exposição “A Amazônia”, na galeria Mendes Wood. Não há previsão para que a artista volte aos Estados Unidos.
A mostra traz videoinstalações do projeto “Correspondences”, uma colaboração artística entre Smith e o Soundwalk Collective. As apresentações, no Teatro Cultura Artística, integram o mesmo projeto. Meia hora depois do início do primeiro espetáculo, Smith passou mal e desabou no palco do teatro, onde ficou por alguns minutos. A segunda sessão do espetáculo, que ocorreria nesta quinta-feira (30), foi cancelada.
Smith foi levada aos camarins em uma cadeira de rodas. Em seguida, voltou à cena para dizer que não estava bem e que precisaria cancelar a apresentação. Antes de sair em definitivo, cantou “Wing” e “Because The Night”. A segunda sessão do espetáculo, que ocorreria nesta quinta-feira (30), foi cancelada.
“Correspondences” pode ser entendido como uma performance. Durante o mês de janeiro, a artista percorreu a América Latina, lendo seis textos que tematizavam as urgências do século 21, como a crise climática e a incerteza da existência humana. Em um esforço multimídia, Smith articula a fala, de acordo com a música, quase sempre atmosférica, sintetizado pela Soundwalk Collective, com sons da natureza.
Ao fundo, eram projetadas filmagens de cineastas, como o italiano Pier Paolo Pasolini e o russo Andrei Tarkovski. Fundado em 2000 e baseado em Berlim, o Soundwalk Collective é um grupo de arte multidisciplinar, que se situa na fronteira entre a música, o cinema e as artes plásticas. Esse grupo já trabalhou com Jean-Luc Godard, Philip Glass e Charlotte Gainsbourg.