A deputada federal Carla Zambelli (PL‑SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos, foi presa em Roma nesta terça-feira, 29 de julho de 2025. O Ministério da Justiça brasileiro confirmou que a detenção aconteceu graças à cooperação entre a Polícia Federal, a Interpol e autoridades italianas.
Zambelli havia deixado o Brasil em junho, logo após ser incluída na notificação vermelha da Interpol e com pedido de prisão preventiva ativo. Ela alegou ter dupla cidadania e declarou estar “intocável” na Itália, afirmando que, se ocorresse prisão, cumpriria pena naquele. O deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, afirmou ter comunicado às autoridades italianas o endereço onde Zambelli estava escondida em Roma, o que resultou em sua identificação e detenção.
Atualmente, Zambelli está detida em uma delegacia italiana. A justiça daquele país tem até 48 horas para decidir se inicia o processo formal de extradição, se nega ou adota medida alternativa, como cumprimento da pena diretamente pela Itália.
O tratado de extradição firmado entre Brasil e Itália em 1989 permite a extradição de cidadãos italianos em casos de crimes não considerados políticos, especialmente se a pessoa nunca viveu naquele país—situação apontada como relevante no caso de Zambelli
A condenação de Zambelli incluiu, além da pena em regime fechado, multa de cerca de R$ 2 milhões e perda do mandato. Ela também está com contas bloqueadas, passaportes suspensos e verificação judicial em andamento acerca de sua eventual cassação definitiva no Brasil
Por Ricardo Silva
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