O presidente da Câmara Municipal de Ubajara, vereador Emílio de Oliveira Silva (PT), foi afastado do cargo por 90 dias, conforme decisão judicial solicitada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). O afastamento ocorreu no âmbito da terceira fase da Operação “Castelo de Cartas”, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos na Prefeitura de Ubajara, localizada na Região Norte do Ceará.
Na última quarta-feira, 14 de maio de 2025, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete do vereador. Durante a operação, foram apreendidos um aparelho celular, um computador e uma agenda com anotações. As investigações apontam que o vereador é suspeito de participar de um esquema criminoso comandado por um servidor municipal, que desviava peças destinadas à manutenção de veículos da frota do transporte escolar e se apropriava de combustível pago com recursos públicos, registrando abastecimentos fictícios em veículos da Prefeitura.
Com o afastamento de Emílio de Oliveira Silva, o vice-presidente da Câmara, vereador Nicollas Pereira (PSD), assumiu interinamente a presidência da Casa Legislativa. A próxima sessão plenária, prevista para sexta-feira, 16 de maio, será conduzida por ele.
A Operação “Castelo de Cartas” foi deflagrada pelo MPCE e pela Polícia Civil, visando apurar suspeitas de desvio de recursos públicos na Prefeitura de Ubajara. Na primeira fase da operação, realizada em 26 de dezembro de 2024, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em residências, uma loja de peças automotivas e um posto de combustíveis. Foram apreendidos pneus, celulares, computadores, notas fiscais, documentos e cheques que totalizam R$ 40 mil. As investigações apontam que um servidor público municipal utilizava sua posição para desviar peças destinadas à manutenção de veículos da frota do transporte escolar e se apropriava de combustível pago com recursos públicos, registrando abastecimentos fictícios em veículos da Prefeitura .
Na segunda fase da operação, em 30 de dezembro de 2024, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura e na residência do servidor investigado. Foram apreendidos contratos de licitações, ordens de pagamento e o aparelho celular do servidor. As autoridades investigam também indícios de enriquecimento ilícito, uma vez que o servidor possui patrimônio incompatível com sua remuneração, incluindo veículos e imóveis registrados em nome de terceiros .
Por Ricardo Silva
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