Após o afastamento do prefeito e da vice por suspeitas de corrupção, um vereador que cumpre prisão domiciliar assumiu interinamente a prefeitura de um município do Maranhão, conforme prevê a linha sucessória legal. O caso provoca repercussão política e segue sob análise da Justiça.
corrupção
Um episódio inusitado marcou a política municipal no interior do Maranhão. Após o afastamento simultâneo do prefeito e da vice-prefeita por determinação da Justiça, um vereador que cumpre prisão domiciliar assumiu interinamente o comando do Executivo local. A situação ocorreu depois que investigações apontaram a existência de um amplo esquema de corrupção envolvendo a gestão municipal.
Com a saída do prefeito e da vice, ambos alvos de operação que apura desvio de recursos públicos, a legislação prevê que o presidente da Câmara Municipal ocupe temporariamente o cargo de chefe do Executivo. Diante desse cenário, o vereador, mesmo monitorado por tornozeleira eletrônica e submetido a medidas cautelares, foi empossado para garantir a continuidade administrativa da cidade.
A investigação é conduzida pelo Ministério Público e apura crimes como organização criminosa, fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo as autoridades, os desvios teriam atingido áreas sensíveis da administração pública, como saúde e assistência social, causando prejuízos milionários aos cofres do município.
A posse do vereador em prisão domiciliar gerou forte repercussão política e jurídica, levantando questionamentos sobre os limites legais e morais da sucessão municipal. Especialistas destacam que, apesar da controvérsia, a medida segue o que determina a legislação local, já que não houve decisão judicial que o impedisse formalmente de exercer a função.
O caso segue sob acompanhamento da Justiça, e novas decisões podem alterar novamente o comando da prefeitura nos próximos dias.
Por Ricardo Silva
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